Death Stranding 2: Tudo o que você precisa saber

Depois do impacto deixado pelo primeiro título, Death Stranding 2 carrega uma carga ainda mais intensa. Ao invés de apenas continuar uma saga, ele propõe uma nova reflexão: será que o ato de unir tudo foi realmente um avanço? No início do novo capítulo, o território norte-americano finalmente parece estável. A rede quiral cobre o país inteiro, as entregas se automatizaram e Sam, protagonista da primeira história, vive afastado de tudo ao lado de Lou.

Esse cenário aparentemente tranquilo começa a desmoronar com o reaparecimento de Fragile, agora à frente de uma nova organização. Ela propõe a Sam algo maior do que tudo o que ele já enfrentou: expandir a conexão para além das fronteiras conhecidas. Não se trata mais de salvar um país, mas de evitar que o mundo chegue ao fim. A partir disso, começa uma caminhada que vai além da geografia e atinge os limites emocionais do personagem principal.

A proposta de reconectar outras partes do planeta, como México e Austrália, cria um novo ritmo para o jogo. Todavia, com ela vem também uma dúvida: a humanidade realmente precisava ser reconectada? Talvez o isolamento fosse uma forma de defesa. E essa pergunta passa a rondar o caminho, com respostas que só surgem conforme os eventos se desenrolam.

Sam volta ao centro de uma trama imprevisível

Em Death Stranding 2, Sam Bridges retorna como peça central da narrativa, mas não é mais o mesmo homem do primeiro jogo. Agora ele carrega feridas que não se curam com tempo ou tecnologia. Seu isolamento com Lou não se trata apenas de uma escolha, é uma tentativa de manter o que ainda faz sentido. No entanto, quando chamado, ele volta a agir.

A nova missão o leva a territórios instáveis e cobertos por fenômenos naturais extremos. Enchentes inesperadas, tempestades de areia, incêndios e terremotos mudam completamente a maneira como cada passo precisa ser calculado. A introdução do ciclo entre dia e noite altera ainda mais o comportamento do mundo e força Sam a se adaptar o tempo todo.

Ao mesmo tempo, Sam carrega a responsabilidade emocional de proteger Lou. A relação entre os dois fica ainda mais delicada e profunda. A cada obstáculo, a sensação é de que o personagem está se afundando em memórias, pesos e decisões difíceis. E é nesse ponto que o jogo se destaca: tudo o que acontece ao redor afeta diretamente o que se passa por dentro.

Personagens antigos reaparecem

Muitos personagens do primeiro jogo reaparecem em Death Stranding 2. Fragile ressurge com uma aparência surpreendente, sem os efeitos colaterais da chuva temporal. Heartman retorna com suas observações precisas, Higgs aparece em uma nova fase, ainda mais imprevisível. 

No entanto, os personagens inéditos são os que mais causam impacto. Tomorrow, interpretada por Elle Fanning, parece ser um ponto chave da trama. Seus poderes DOOMS e sua ligação misteriosa com os eventos centrais a colocam como uma das figuras mais intrigantes. Neil, outro nome novo, desperta curiosidade por lembrar visualmente figuras conhecidas do passado, o que levanta teorias entre os fãs mais atentos.

A presença desses nomes acrescenta ainda mais camadas à história. Cada nova aparição guarda informações que podem reverter tudo o que parecia certo. A linha entre aliado e ameaça se torna mais fina. E, mais uma vez, o jogo obriga você a andar desconfiando do próximo passo, sem nunca saber exatamente onde pisa.

Combate mais direto sem perder a tensão do caminho

Diferente do primeiro jogo, onde o foco estava quase todo na travessia, Death Stranding 2 entrega situações onde o confronto é inevitável. Agora há armas novas, tiroteios em movimento e até a possibilidade de atacar durante pilotagem. Ainda assim, não se trata de um jogo de ação desenfreada. A tensão se mantém.

A liberdade de escolha sobre como abordar um grupo inimigo ganhou força. Você pode se aproximar sorrateiramente ou optar por estratégias mais ofensivas. A presença de novos obstáculos naturais, como enchentes e deslizamentos, exige ainda mais atenção antes de qualquer decisão.

Além disso, os sistemas já conhecidos, como construção de estruturas compartilhadas, tirolesas e rotas seguras, seguem funcionando. Todavia, agora a resposta do mundo ao que você constrói está mais afiada. As áreas mudam, e aquilo que ontem era seguro pode hoje estar soterrado. O próprio terreno passa a ter memória.

O mundo reage e cobra o preço das conexões

Em Death Stranding 2, o planeta não é somente pano de fundo. Ele parece sentir tudo o que é feito. Toda tentativa de unir territórios traz uma reação violenta. É como se a natureza estivesse gritando contra algo que não consegue impedir. As enchentes cortam caminhos antes tranquilos, terremotos abrem buracos no que parecia sólido. Não há espaço para previsibilidade.

A inserção do ciclo de tempo transforma o mapa em algo vivo. Uma área pode parecer pacífica de manhã e se transformar em pesadelo durante a noite. É um detalhe que força uma preparação cuidadosa e impede decisões apressadas. Você precisa aprender a escutar os sinais e se mover com inteligência, mesmo que isso signifique esperar ou recuar.

No fundo, a grande pergunta continua sendo sobre o valor real da conexão e o jogo não entrega respostas fáceis. Há momentos em que o progresso parece carregar mais perdas do que ganhos. Todavia, a história insiste: alguém precisa tentar. E você, junto de Sam, será esse alguém, mesmo sem garantias de que a recompensa virá.

Onde jogar Death Stranding 2?

Death Stranding 2 está confirmado exclusivamente para o PlayStation 5, com lançamento marcado para o dia 26 de junho de 2025. Até o momento, não houve nenhum anúncio oficial sobre versões para outras plataformas.

O histórico do primeiro título indica que isso pode mudar. O primeiro Death Stranding chegou ao PC cerca de um ano depois do lançamento original no PS4. Depois, ganhou também uma edição Director’s Cut que saiu para PS5 e, em seguida, para computador.