Como rodar The Last of Us Part 2 no PC com melhor desempenho
Lançado oficialmente para PC em 3 de abril, The Last of Us Part 2 Remastered chega ao mercado com expectativas elevadas. O port, desenvolvido pela Nixxes Software, busca superar os problemas enfrentados na adaptação do primeiro título da franquia. A análise técnica da Digital Foundry, no entanto, revela que, embora mais estável, o jogo ainda exige ajustes para rodar com desempenho satisfatório nos computadores.

Entre os destaques, estão recursos como DLSS Frame Generation e escalonamento dinâmico de resolução, que otimizam a fluidez. Mas a exigência de hardware segue alta, especialmente para quem busca desempenho equivalente ao do PlayStation 5, o que inclui taxas constantes de 60 quadros por segundo em 1080p.
Placas intermediárias sofrem para manter estabilidade
Usuários com placas de vídeo intermediárias, como a RTX 3060, enfrentam desafios ao tentar manter a taxa de quadros estável. Mesmo com ajustes gráficos similares aos do PS4 Pro, o desempenho flutua em cenas mais complexas, evidenciando um descompasso entre o poder das GPUs modernas e a otimização do jogo.
Além disso, a qualidade visual sofre cortes importantes nesses casos. Reflexos com artefatos visuais e iluminação secundária comprometida reduzem a fidelidade gráfica, especialmente quando comparados até mesmo à versão de PlayStation 4. A recomendação, nesse caso, é adotar configurações equilibradas para preservar a experiência sem sacrificar o desempenho.

Processador também impacta na performance de The Last of Us Part 2
A carga de trabalho sobre a CPU (unidade de processamento central) é outro ponto crítico. Mesmo com melhorias no carregamento de dados e uso do DirectStorage, que agiliza o acesso aos arquivos do jogo, a performance ainda é impactada por picos de uso do processador. Em modelos como o Ryzen 5 3600, isso se traduz em travamentos momentâneos em áreas com muitos elementos a carregar.
A compilação assíncrona de shaders — técnica usada para melhorar o desempenho — acaba, paradoxalmente, contribuindo para a instabilidade. Isso ocorre porque ela ativa múltiplos núcleos da CPU de forma repentina, gerando quedas na taxa de quadros perceptíveis, mesmo quando os números de FPS (frames por segundo) se mantêm altos.
Limitar quadros ajuda a garantir fluidez
Para reduzir esses problemas, a Digital Foundry sugere o uso de limites de FPS, principalmente em máquinas mais modestas. Ativar o V-Sync a 60 Hz, por exemplo, pode suavizar os engasgos. Outra alternativa é o uso do software Special K, que oferece maior controle sobre o bloqueio de quadros, melhorando a fluidez mesmo em monitores com tecnologia VRR (taxa de atualização variável).
Essas ferramentas externas não substituem uma boa configuração interna do jogo, mas servem como complemento eficaz para usuários que desejam uma experiência mais estável sem precisar investir em upgrades imediatos de hardware.
Configurações recomendadas para dois perfis de usuário
Para orientar os jogadores, foram estabelecidos dois perfis de configuração com base na comparação com os consoles. O primeiro, voltado para placas intermediárias como a RTX 3060, busca equivalência com o PS4 Pro. O segundo, destinado a GPUs como a RTX 4070, mira o desempenho do PS5 no modo performance.
Para a RTX 3060, as recomendações incluem nível de detalhe médio, texturas em alta qualidade e reflexos em tempo real ativados. Já elementos como sombras no espaço da tela e sombras de contato devem ser desligados, assim como efeitos volumétricos, para aliviar a carga gráfica.
No caso da RTX 4070, o ideal é elevar a maioria dos parâmetros ao máximo, incluindo resolução de sombras e qualidade dos efeitos visuais. Mesmo assim, vale manter o desfoque de movimento em nível médio e limitar efeitos volumétricos, para garantir equilíbrio entre beleza e desempenho.

Problemas gráficos ainda persistem no port de The Last of Us Part 2
Apesar dos avanços, The Last of Us Part 2 apresenta inconsistências visuais que afetam a imersão. Entre os problemas estão o sombreamento ausente à distância, cintilação de texturas e desempenho irregular do DLSS (Deep Learning Super Sampling), mesmo quando a tecnologia DLAA (antisserrilhamento por IA) é ativada.
A recomendação da Digital Foundry é utilizar o modelo Transformer mais recente da Nvidia, disponível nas ferramentas da própria marca, para reduzir artefatos e melhorar a nitidez da imagem. Isso ajuda a contornar limitações do port, mas não elimina totalmente os problemas técnicos identificados.
Configuração ideal para placas intermediárias (equivalente ao PS4 Pro)
Indicada para usuários com placas de vídeo como a RTX 3060, essa configuração busca o equilíbrio entre desempenho e qualidade visual, permitindo jogar com fluidez em 1080p, mesmo que com limitações gráficas pontuais.
- Nível de Detalhe: Médio
- Qualidade da Textura: Alta
- Qualidade dos Efeitos Visuais: Alta
- Filtragem de Textura: 16x
- Qualidade das Sombras: Personalizada
- Resolução das Sombras dos Holofotes: Muito Alta
- Resolução das Sombras dos Pontos de Luz: Alta
- Sombras Ambientes: Alta
- Resolução das Sombras Direcionais: Alta
- Distância das Sombras Direcionais: Alta
- Sombras no Espaço da Tela (SSR): Desligado
- SSS Dinâmico (Dispersão Subsuperficial): Desligado
- Qualidade das Sombras de Contato: Desligado
- Iluminação Baseada em Imagem (IBL): Ligado
- Iluminação Refletida: Ligado
- Oclusão Ambiente (AO): Qualidade
- Reflexos em Tempo Real: Alta
- Reflexos das Sombras das Nuvens: Ligado
- Dispersão Subsuperficial: Ligado
- Qualidade da Refração: Muito Alta
- Profundidade de Campo: Alta
- Qualidade do Desfoque de Movimento: Média
- Densidade das Partículas: Alta/Muito Alta
- Efeitos Volumétricos: Baixa
- Brilho da Lente: Metade da Resolução

Configuração ideal para placas avançadas (equivalente ao PS5 Performance)
Para quem possui GPUs como a RTX 4070, é possível alcançar resultados visuais e desempenho semelhantes ao modo performance do PlayStation 5, com resolução maior e maior fidelidade gráfica.
- Nível de Detalhe: Muito Alto
- Qualidade da Textura: Muito Alta
- Qualidade dos Efeitos Visuais: Muito Alta
- Filtragem de Textura: 16x
- Qualidade das Sombras: Personalizada
- Resolução das Sombras dos Holofotes: Muito Alta
- Resolução das Sombras dos Pontos de Luz: Alta
- Sombras Ambientes: Alta
- Resolução das Sombras Direcionais: Muito Alta
- Distância das Sombras Direcionais: Alta
- Sombras no Espaço da Tela (SSR): Alta
- SSS Dinâmico (Dispersão Subsuperficial): Ligado
- Qualidade das Sombras de Contato: Alta
- Iluminação Baseada em Imagem (IBL): Ligado
- Iluminação Refletida: Ligado
- Oclusão Ambiente (AO): Qualidade
- Reflexos em Tempo Real: Alta
- Reflexos das Sombras das Nuvens: Ligado
- Dispersão Subsuperficial: Ligado
- Qualidade da Refração: Muito Alta
- Profundidade de Campo: Alta
- Qualidade do Desfoque de Movimento: Média
- Densidade das Partículas: Muito Alta
- Efeitos Volumétricos: Média
- Brilho da Lente: Metade da Resolução
Experiência de The Last of Us Part 2 depende do equilíbrio entre visual e desempenho
O port de The Last of Us Part 2 para PC é, sem dúvida, mais sólido que o anterior. No entanto, a experiência ideal ainda depende de um ajuste cuidadoso das configurações, especialmente para quem não possui hardware de ponta.
Limitar quadros, ajustar sombras e saber dosar efeitos gráficos são medidas essenciais para garantir fluidez sem comprometer a qualidade visual. Ao seguir as recomendações baseadas em testes, os jogadores conseguem aproveitar o game com estabilidade, mesmo em configurações intermediárias.
A expectativa é que futuros updates melhorem a otimização geral. Até lá, o conhecimento técnico e a experimentação são os maiores aliados de quem deseja explorar o universo pós-apocalíptico de Ellie e Abby no PC.